A acupuntura (do latim acus - agulha e
punctura - colocação) é um ramo da medicina tradicional chinesa e, de acordo
com a nova terminologia da OMS - Organização Mundial da Saúde, um método de
tratamento complementar.
A acupuntura busca a recuperação do organismo como um todo pela indução
de processos regenerativos, normalização das funções alteradas, reforço do
sistema imunológico e controle da dor.
É especialmente indicada
para a
- redução da dor em casos de fibromialgia e dores localizadas nas costas,
- tratamento de náuseas e vômitos em pacientes que se submetem a quimioterapias ou cirurgias,
- diminuição da tensão emocional,
- problemas gastrointestinais, respiratórios, musculares, urológicos, endocrinológicos, psicológicos e neurológicos, ginecológicos e até mesmo dermatológicos.
O tratamento acupunterápico consiste no
diagnóstico (igualmente baseado em ensinamentos clássicos da Medicina
Tradicional Chinesa) e na aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo,
chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos" que se
distribuem principalmente sobre linhas chamadas "meridianos chineses"
e "canais", para obter diferentes efeitos terapêuticos conforme o
caso tratado.
Os mapas de meridianos ultrapassaram milênios
chegando quase intocados aos dias atuais; o raciocínio que se desenvolve na
verificação e tratamento dos problemas práticos apresentados nos consultórios é
baseado em conceitos que soam estranhos aos ocidentais, como os cinco elementos,
o tao (equilíbrio entre yin e yang), o fluxo de chi (a grosso modo traduzido
como energia vital) e xué (a grosso modo traduzido como sangue), zang
(traduzido como órgão por inexistência de palavra adequada) e fu (literalmente
oco, mas geralmente traduzido como víscera).
Os acupontos propriamente ditos ficam sob a
pele, não na superfície, e para que sejam estimulados devidamente e com
segurança, as agulhas são introduzidas em diferentes graus de inclinação
conforme o caso. Yintang, por exemplo, um acuponto localizado entre as
sobrancelhas, deve ser punturado perpendicularmente em relação à pele no
sentido do topo da cabeça para baixo, pinçando-se a pele levemente entre os
dedos no momento da introdução da agulha; VB30, por outro lado, um ponto localizado
em ambas as nádegas, deve ser punturado em ângulo de 90º.
O sentido das agulhas, o tempo e a forma de
estimulação também podem variar conforme o tratamento específico. Condições de
excesso (de chi ou de xué) são tratadas com estimulações menos vigorosas e
pouco demoradas, ao passo que condições de vazio ou deficiência pedem manobras
de entrada e retirada (não se retira totalmente a agulha, apenas se dá pequenos
solavancos para cima e para baixo), fricção (na parte áspera da agulha), giros
de um lado para outro ou mesmo pequenos petelecos na ponta exposta da agulha.
É costume também utilizar um
"mandril" para inserir as agulhas. Trata-se de um pequeno tubo
plástico descartável dentro do qual corre a agulha. A leve pressão da ponta do
mandril sobre a pele ajuda a reduzir a dor da entrada, mas acupunturistas muito
experientes muitas vezes optam por inserir a agulha em um movimento rápido à
mão livre até a profundidade indicada, o que não é possível com o mandril (a
diferença entre o comprimento do mandril e da agulha é o quanto se conseguirá
inserir da agulha no primeiro movimento).
Acupuntura e psicologia
Área da acupuntura voltada ao tratamento de
transtornos psicológicos e bem estar emocional. No Brasil, a resolução do
Conselho Federal de Psicologia nº 05/2002 reconhece a acupuntura como prática
útil e eficiente ao trabalho do psicoterapeuta e permite ao psicólogo utilizar
a acupuntura desde que seguindo as especificações técnicas e éticas adequadas,
todavia, o tratamento de tais distúrbios já era previsto nos clássicos da
acupuntura, conhecidos a exemplo da síndromes dian kuang (agitar-se de modo
selvagem e permanecer calmo) semelhante à depressão e/ou mania. Importante
também salientar como a acupuntura é utilizada para tratar os desequilíbrio dos
sentimentos de medo, raiva, euforia, preocupação e tristeza relativos aos cinco
elementos da Medicina Tradicional Chinesa, tangenciando uma série de patologias
psicológicas.
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História da acupuntura
A história da acupuntura confunde-se com a
história da medicina na China. Seus primórdios remontam à pré-história chinesa.
A linguagem escrita milenar permitiu a continuidade do conhecimento.
Posteriormente, outros países orientais contribuíram para o desenvolvimento das
técnicas de acupuntura.
As notícias sobre acupuntura no ocidente
chegaram com os primeiros exploradores europeus que visitaram o império Chinês,
ainda na idade média. Entre estes são comuns as referências à Marco Polo (1254
– 1324) mercador, embaixador e explorador italiano, aos Monges Jesuítas do
século XVI e a Andreas Cleyer (1634 - 1698), botânico, médico e orientalista da
Companhia Holandesa das índias Ocidentais.
A acupuntura chegou ao Brasil em 1908 pelas
mãos dos imigrantes japoneses, todavia permaneceu em âmbito familiar e local
(nas colônias japonesas) até meados da década de 80, quando ainda era foco de
preconceito, apontada ao lado de casos de charlatanismo e esoterismo. Em 1972 o
Conselho Federal de Medicina - CFM chegou a estabelecer normativamente que a
acupuntura não era considerada especialidade médica.
Curiosidades
Experiências com ratos demonstraram que a acupuntura pode até triplicar
os efeitos de um composto natural conhecido por suas funções antiinflamatórias
e analgésicas.
Pesquisadores da Universidade de Rochester, nos EUA, observaram que
tecidos próximos das agulhas tinham até 24 vezes mais adenosina, sugerindo que
a imperceptível perfuração da pele possa acionar tanto o acúmulo da substância
em tecidos mais externos da pele, como também a sinalização ao cérebro para
criar endorfinas naturais contra a dor.
De acordo com a medicina chinesa, os meridianos energéticos que
atravessam o corpo são afetados por energias “perversas”, que afetam o
organismo de forma geral. Apesar de soar místico, a própria tradição ocidental
considera que ventos, bactérias, vírus, lesões, traumas, ansiedades, frio ou
calor constituam boa parte das energias “perversas”. A medicina moderna
concorda.
Nem apenas de agulhas vive a acupuntura: a estimulação de pontos de
acupuntura pode ser feita também pelos dedos (acupressão), com pedras quentes,
laser e muitas outras técnicas. O importante, pregam os defensores da prática,
é que os fluxos energéticos sejam retomados e a energia do corpo equilibrada.